Em breve, o Android ART, novo motor de aplicativos do Android
0O Google está preparando o Android ART, um novo motor de execução de aplicativos em Java, para substituir o já cansado Dalvik, visando a melhora da performance e da duração da bateria.
O Android já completou 5 anos de vida, e evoluiu em diversos pontos desde a sua primeira versão, mas um dos componentes mais essenciais do sistema, o motor de execução de aplicativos, conhecido pelo nome de Dalvik permanece o mesmo desde o início da vida do robozinho.
O Dalvik é o motor de execução de aplicações em Java, a linguagem principal do Android, com a qual são desenvolvidos 95% de todos aplicativos do sistema. O motor de execução é responsável por uma camada de abstração do hardware, que permite que os desenvolvedores desenvolvam seus aplicativos de forma unificada, e o mesmo seja executado em milhares de dispositivos diferentes. A linguagem Java, quando compilada, não cria código nativo, e sim pseudo-código, ou código intermediário. Uma vez compilados, e empacotados, os aplicativos podem ser distribuídos, e executados em diferentes dispositivos. Em cada dispositivo, no momento da execução, o pseudo-código é então compilado na hora, para o código nativo do processador específico de cada dispositivo, processo conhecido como JIT – Just In Time Compilation. Este é o trabalho do Dalvik. Acontece que o Dalvik é lento e ineficiente, principalmente quando se compara a performance de execução dos aplicativos no Android com o iOS ou o Windows Phone. Mas o Google está prestes a mudar isso.
O Google está trabalhando em um novo motor, conhecido como ART, ou Android Run Time, que segundo rumores, já consegue obter uma melhora de 100% na velocidade de execução dos Apps. Este novo motor já está sendo testado na versão 4.4 do Android, o KitKat. O princípio do funcionamento do ART é o seguinte: todo aplicativo seria compilado para código nativo, já na instalação, e o código executável nativo resultado desta compilação, seria já armazenado no sistema, para que a execução dos aplicativos se torne muito mais rápida. Este processo é chamado de AOT, Ahead Of Time Compilation, ou compilação à frente do tempo.
A compilação AOT sendo executada no momento da instalação fará com que os aplicativos levem mais tempo para serem instalados e atualizados, mas provavelmente você só notará esta diferença em aplicativos grandes. Esta melhora na performance irá produzir um grande salto na capacidade dos dispositivos Android, abrindo a porta para aplicações que necessitam de um intenso uso computacional, como editores de fotos e videos.
Ainda não existe uma previsão clara de quando o ART estará pronto, mas especula-se que será um dos recursos mais destacados da futura versão 4.5, ou 5.0 do Android.
Acho que finalmente o Android poderá competir com o iOS e deixar o sistema tão fluído e responsivo como nos iPhones e iPads.
Fonte inspiradora: Extremetech